Conviver no mundo atual, a cada momento, fica mais complexo e o grau de dificuldade de administrar aumenta consideravelmente. Estamos passando por um processo de Pandemia e parece que realmente a individualidade está aumentando, pois ainda não estamos vendo a preocupação com o coletivo como deveria ser. Muito se estuda sobre os relacionamentos humanos e assim a complexidade aumenta e nem sempre a ciência consegue descobrir exatamente a verdadeira razão de atos e ações que fogem do padrão normal de convivência humana. Alguns momentos são analisados de modo unilateral dificultando assim todo o processo de análise e, muitas vezes, manipulando resultados. Isto é prejudicial tanto para as pessoas como para as organizações. Precisamos interagir bem, pois, melhoraremos a vida, conseguiremos descobrir melhor nosso eu, poderemos ter novas experiências e uma melhor vivencia existencial em todos os sentidos. A confiança deve ser trabalhada iniciando em si próprio, estendendo-se às pessoas e posteriormente às organizações criando relacionamentos com cooperação sem dependência buscando a utilização do nós (coletivo) e não do eu (individual).
Ser feliz, ter sucesso, saber administrar os momentos e conseguir envolver as pessoas para a busca de resultados positivos é característica de pessoas que sabem interagir na vida particular e profissional. O reflexo disso é ter facilidade de viver a vida bem melhor que aqueles despossuídos deste talento. Todavia, isto pode ser mérito de poucos. Precisamos nos conscientizar que a convivência harmônica deve ser criada dia após dia de intenso estudo e trabalho com algumas “pitadas” de sensibilidade sob pena de outras pessoas fazerem isto e acabarem manipulando resultados convenientes para si. Para isto ocorrer o início é conhecer intensamente a si próprio, suas necessidades, seus limites, suas vontades para depois buscar relacionar-se satisfatoriamente com seus amigos pessoais e profissionais reconhecendo a característica individual de cada um.
Novas experiências auxiliam na busca do conhecimento e equilíbrio humano e profissional. Estamos vivendo momentos historicamente ricos de exemplos negativos para a criação de relacionamentos. Vemos o individualismo em alta e o coletivo em baixa. Precisamos dar o bom exemplo e servir de ponto de referência. A partir do momento de consciente reflexão individual e posterior consciente reflexão coletiva positiva poderemos fazer a diferença. Todavia, para isto precisamos mudar conceitos, destacar a ética em tudo que fizermos e buscar um equilíbrio entre o individual e o coletivo. Não podemos imaginar que estamos aqui na terra para simplesmente viver de qualquer forma ou mesmo somente viver bem. Estamos aqui para sermos felizes sim mas, também, para ajudarmos as pessoas e as organizações a crescerem, progredirem e consequentemente auxiliar os menos favorecidos para estes também criarem uma confiança em si próprio, nas pessoas e nas organizações, iniciando assim um novo ciclo de sucessos para todos o processo e consequentemente para os envolvidos.
Conquistar amizades é um bom início. Adquirir grandes amizades que possuem a preocupação com o coletivo é a necessidade urgente que temos. Precisamos criar relacionamentos duradouros e sinceros tanto na área pessoal como na profissional. Necessitamos acreditar nas pessoas que conhecemos e convivemos sob pena de não conseguirmos viver felizes. A dependência deve ser eliminada de nossa convivência sendo substituída pela cooperação mutua a fim de criarmos condições satisfatórias de vida com a busca incessante do sucesso coletivo.
Certamente, muito precisa ser feito para melhorarmos os relacionamentos interpessoais, pois, vivemos em uma cultura em que o individual e “endeusado” e o coletivo é tratado como segundo plano, mas podemos iniciar uma grande revolução, pois, se interagirmos bem melhoraremos nossa vida, descobriremos o nosso eu, teremos novas experiências, aprenderemos a viver melhor, confiaremos em nós próprios, nas pessoas e nas organizações, criaremos relacionamentos duradouros, cooperaremos não sendo dependentes, utilizaremos sempre o “nós” e não o “eu” e faremos amizades. Contudo, para isto ocorrer poderemos iniciar simplesmente olhando para a pessoa ao nosso lado e vendo, realmente, uma pessoa.
Vamos refletir sobre isto?
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