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Em novo artigo, Arthur Virgílio lembra grandes desmatamentos na Amazônia

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Em novo artigo, Arthur Virgílio lembra grandes desmatamentos na Amazônia

Alertando sobre os perigos ambientais e sociais das ameaças em torno da manutenção da Zona Franca de Manaus, o prefeito Arthur Virgílio Neto publicou novo artigo em sua página do Facebook nesta sexta-feira, 8/2. Arthur Virgílio é reconhecido nacionalmente e até internacionalmente como voz em defesa da Amazônia, principalmente por, em sua época de Senado, ter sido responsável pela PEC 17-2008, prorrogando por mais 10 anos do modelo econômico que mantém a parte brasileira da Floresta Amazônica preservada, mas que acabou emperrada na Câmara dos Deputados. Ele também foi autor da PEC 29/2010, prorrogando os incentivos até 2073, que acabou não sendo votada, uma vez que deixou o Senado em 2010. A proposta foi incorporada à PEC 20-2014, do Poder Executivo, que aprovou os incentivos por 50 anos.

Já tendo publicado 16 artigos e tornando o tema uma pauta constante em sua agenda administrativa, o prefeito de Manaus trouxe nesta nova publicação um exemplo de desenvolvimento nocivo e que foi responsável pelo início do desmatamento no Pará, quando, no fim dos anos 70, a empresa Volkswagen incendiou grande parte das reservas naturais do Sul do Estado, sob o pretexto de gerar novos empreendimentos pecuários.

“A verdade é que não houve empreendimento algum, porque a empresa, simplesmente, promoveu criminoso incêndio, que ficou absurdamente impune. Não estabeleceu fazenda de gado. Não deu nenhum uso útil ao dinheiro público”, lembrou o prefeito. “O ‘projeto’ jamais foi pecuária ou diversificação de campo de atuação. O objetivo era a pilhagem, submetendo o sul do Pará a um dano sem remédio. Hoje, seria considerado crime ambiental e, portanto, inafiançável”, completou em outro trecho.

Segundo Arthur, esse é apenas um caso do quão ofendida vem sendo a Floresta Amazônica ao longo dos anos, citando ainda a devastação nos Estados do Acre e Rondônia. “No Sul do Pará, o percentual de efetiva cobertura vegetal está perigosamente reduzido. Restam, então, os 97% da Floresta Amazônica situada em território amazonense, garantidos pelo que produz e rende a Zona Franca de Manaus, composta por fábricas que sequer têm chaminés”, comparou.

Para o prefeito de Manaus, a análise meramente tecnocrática não se sustenta. “É pequena, porque deveria ser levada em conta a dificuldade que teríamos para explicar ao mundo uma eventual destruição da maior floresta tropical do mundo”, defendeu, ao mencionar que o Brasil, mesmo tendo suas fragilidades políticas e econômicas, desperta o interesse do mundo pela Amazônia. E como consequência da não preservação dessa riqueza, Virgílio aponta “a perda de peso diplomático e econômico, além de óbvia tensão militar, que poderia levar-nos a uma posição vexatória e temerária”, reforçou.

Por fim, o artigo destaca que a Floresta Amazônica é um patrimônio ambiental rico em biodiversidade e em água, que são o maior agente atenuador das consequências do aquecimento global. Por isso, o prefeito tem repetido incansavelmente que a floresta é o maior trunfo do Brasil no plano internacional.

“Merecemos receber tratamento privilegiado, investimentos e respeitabilidade política. O governo brasileiro deve buscar parcerias generosas com a Amazônia. Deve abandonar qualquer eiva de preconceito e garantir as riquezas que, sendo amazônicas, também sempre serão brasileiras. O Brasil haverá de entender que apoiar a Zona Franca de Manaus significará proteger seu próprio futuro e a sua própria estabilidade política e militar. O tempo dirá se tenho, ou não, razão”, finalizou.

Leia o artigo na íntegra

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