Muitas são as dificuldades enfrentadas quando gerenciamos e lideramos pessoas. As particularidades de cada indivíduo influenciam diretamente o resultado final. Assim, como gestor de pessoas necessita entender e buscar o compartilhamento dos objetivos em todos os momentos para facilitar a liderança e atingir as metas traçadas. Vivemos um momento novo na administração onde as pessoas buscam de qualquer forma atingir metas e objetivos e isto vem dificultando consideravelmente a busca do melhor. O individualismo vem tomando o espaço do trabalho em equipe. As organizações estão sendo transformadas em campo de conflitos desnecessários para todos e impossibilitando criarmos situações de verdadeiro sucesso. Precisamos administrar e desenvolver urgentemente a gestão de conflitos para melhor direcionarmos nossas empresas.
Há muito tempo já se fala sobre a necessidade da boa gestão de pessoas nas empresas. Por isso buscamos no mercado não somente chefes, mas acima de tudo líderes. Estamos conseguindo melhorar significativamente a forma de administrar, mas, muito ainda falta para entrarmos no caminho ideal.
O ser humano, a cada dia, muda com mais frequência seus aspectos espirituais, sociais, e até mesmo biológico. A complexidade humana aumenta e a dificuldade de administrar cresce. Sabemos que historicamente estamos melhorando em relação à busca de um equilíbrio no relacionamento humano. Porém, atravessamos momentos de individualismo exagerado que ainda não conseguimos controlar e gerenciar com a técnica necessária sem o envolvimento emocional.
A parcialidade em decisões toma lugar da imparcialidade e o melhor caminho a ser seguido não é realizado e, muitas vezes, esquecido, portanto, gerir pessoas continua sendo um grande desafio e o início de todo um processo ou projeto em nossas organizações que buscam a rentabilidade com qualidade. Necessitamos de uma ação urgente nos processos de conflitos internos e externos das empresas.
Sendo o conflito uma luta, combate, guerra, desavença e até mesmo discórdia não podemos esperar simplesmente sua ocorrência. Devemos nos antecipar e criar situações favoráveis para a não existência do conflito prejudicial à organização. Sabemos que para ocorrer um processo de crescimento, algumas vezes, torna-se necessário à existência do conflito, todavia, este deve ser uma discussão de ideias buscando o consenso e um progresso para todos e não uma guerra que ficará sequelas. Administrar o conflito não pode ser visto como somente um tratamento, pois, o bom gestor consegue além de administrar os conflitos já existentes, evita sua propagação e põe em pratica aquilo necessário para o sucesso esperado.
Certamente, muito precisa ser feito para melhorar a gestão de pessoas e de conflitos nas organizações atuais. O ponto inicial e principal deve ser a humildade dos gestores e o reconhecimento em buscar o equilíbrio necessário entre pessoas e processos. Não podemos e nem devemos ficar somente no discurso, precisamos partir para a prática criando situações devidamente elaboradas, planejadas, autenticas, promissoras, dando oportunidade igual para todos os envolvidos analisando e respeitando cada potencialidade humana. Necessitamos olhar para o trabalho que precisamos realizar como algo de complemento de nossa vida e não como uma obrigação necessária. Assim devemos mudar culturas e comportamentos, todavia, isto deve iniciar por nos gestores dando o bom exemplo e evitando conflitos desnecessários.
Vamos refletir sobre isto?
Flávio Guimarães é Mestre em Engenharia de Processos pela UFPA, Diretor da Guimarães Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda., Administrador de Empresas, Especialista em Empresas Públicas e Privadas, Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios, Consultor Empresarial, Pós Graduado MBA Gestão e Docência do Ensino Superior, Professor Universitário (Estácio Amazonas), articulista do Jornal do Commercio e da Amazon Play TV digital e Coordenador de MBA Executivo e dos Cursos de Logística, Qualidade e Recursos Humanos e do LPG – Laboratório de Práticas em Gestão da Faculdade Estácio do Amazonas.
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