Nem todos os funcionários trabalham por dinheiro. Muitos preferem a satisfação de fazer o que gostam em um ambiente bom, do que trocar isso por um alto salário. O reconhecimento torna-se mais importante para este tipo de colaborador. Mas, também há aquele que, mesmo não tão satisfeito com o que faz, se sente confortável em um lugar promissor, que lhe dá a chance de crescer como profissional, como pessoa. Esses tipos de profissionais acabam se dedicando muito mais e dificilmente se abalam com outra oportunidade de trabalho.
Portanto, o que retém bons funcionários é o ambiente organizacional e, quando falamos em clima, o “chefe” é o maior responsável.
Ouvimos constantemente histórias de pessoas que saíram de onde trabalhavam porque o “chefe” não era bom. A máxima de que muitos funcionários são admitidos pela competência técnica e demitidos pela comportamental, também é válida para alguns funcionários que justificam a saída da empresa porque o chefe era grosseiro, manipulador, entre vários outros adjetivos comportamentais.
Por esta razão, vale se questionar constantemente que papel você tem exercido, porque se não fizer isso alguém vai fazer e vai te fazer a seguinte pergunta: “Que papel é esse, gestor?”
Uma empresa que não tem o foco nas pessoas, não consegue “segurar” seus bons funcionários. Investir no capital humano é essencial. Tudo na vida se resume no indivíduo, e isso não deve ser diferente quando falamos do mundo corporativo.
Que papel é esse, gestor?
Acredito que o papel dos gestores na saúde organizacional passa, obrigatoriamente, pela atenção que devem dispensar aos fatores internos (corpo e alma da organização; atuação equilibrada e ética dos líderes) e também ao ambiente externo (mudanças e aprendizagem constantes).
Na relação interna, cabe ao gestor cuidar e zelar pelo alinhamento estratégico a partir das grandes metas e de todos os elementos tangíveis e intangíveis. Uma estratégia e um plano tático bem elaborados minimizam, por exemplo, dispersões e criações de patologias como a obesidade de áreas ou a sobrecarga de outros setores.
Quando falamos da vida organizacional, estamos tratando, direta ou indiretamente, da vida de centenas ou milhares de famílias que dependem ou interagem com aquela organização. Portanto, quando ela “adoece”, muitos indivíduos já podem, antecipadamente, ter adoecido, por exemplo, pelo comportamento disfuncional que ocorre dentro do grupo.
Ter um senso de direção e poder buscar as metas de modo saudável garantem uma vida organizacional melhor. É papel do gestor estar atento aos sinais do corpo e da alma nessa trajetória diária rumo aos objetivos organizacionais.
A relação saudável é a relação de troca com o meio, em que cada um tem um papel ou função dentro do todo. Vivemos, portanto, em uma constante de servir e sermos servidos, de dar e de receber. Essa reflexão e consciência são fundamentais aos gestores, pois muitas organizações desenvolvem comportamentos patológicos em relação ao uso do dinheiro e do poder.
O respeito com os funcionários e o ambiente é sinal de uma organização equilibrada e saudável. A harmonia interna e externa garante uma vida plena para a organização e para o meio no qual ela vive. Como gestores, temos essa responsabilidade para com a organização e a sociedade.
Boa semana!
Fiquem com Deus!
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