O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) participou, na sexta-feira (18/12), do último dia da Programação Intercâmbio Amazonas/Acre/Roraima (AMACRR), realizada pela Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror). A agenda foi conduzida pela gerente de Apoio à Produção Animal do Idam, Meyb Seixas, e levou gestores de secretarias do Acre e de Roraima a queijarias do município de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus.
Durante a programação, os gestores da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Roraima (Seapa-RR); da Secretaria de Estado de Produção Agronegócio do Acre (Sepa-AC); e da Agência de Fomento do Estado de Roraima (AFERR) tiveram a oportunidade de conhecer três estabelecimentos que exemplificam a diversidade do setor de laticínios no município, além do trabalho realizado pelo Governo do Amazonas e a Prefeitura de Autazes junto aos produtores.
A primeira parada foi a queijaria Santa Maria, onde o proprietário Antônio José Roldão apresentou aos visitantes o processo de produção de queijo coalho e a forma como é reutilizado o soro para a alimentação de animais. A visita permitiu aos gestores conhecer as formas como a produção de queijos em Autazes tem inovado e se adaptado às particularidades da região.
Estabelecida em um flutuante, a queijaria Santa Maria conta ainda assim com todos os elementos necessários para a produção higienizada e eficaz de um queijo de boa qualidade. À ocasião, o gerente da agência local da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF), Ângelo Machado, aproveitou para explicar aos visitantes os trabalhos realizados pelos órgãos do Sistema Sepror (Idam, Adaf e ADS) em conjunto com os produtores de Autazes, auxiliando-os a se legalizaram e trabalharem conforme as regulamentações.
“Fazemos a fiscalização adequando o produtor, de modo a facilitar sua participação no mercado. Isso permite a ele comercializar com supermercados e órgãos do governo, e a participar de programas sociais”, explicou.
Tour – Em seguida, os secretários retornaram à cidade de Autazes para visitar uma queijaria em processo de legalização. A Queijaria Paiva, localizada mais próxima ao centro da cidade, tem recebido o apoio direto da prefeitura e do Sistema Sepror para começar a operar, dentro das normas sanitárias e atendendo ao padrão de qualidade dos queijos de Autazes.
A comitiva foi recebida pelo proprietário da queijaria, Neto Paiva, que conduziu os gestores em um tour pelo estabelecimento. A gerente Meyb Seixas aproveitou também a ocasião para delinear o programa Rota do Queijo aos secretários.
“A Rota do Queijo consiste em tornar o processo de legalização mais acessível, fazendo todo o acompanhamento para que o produtor possa se regularizar. Fazemos isso nos baseando na realidade do produtor, buscando adequá-lo às normas da legislação para que ele possa obter o Serviço de Inspeção Estadual”.
Por fim, a comitiva se dirigiu à fábrica Autalac Laticínios, agroindústria de referência na produção de derivados do leite. O empresário Odemar Souza, proprietário do negócio, acompanhou pessoalmente os visitantes, mostrando-lhes todo o processo de produção de laticínios, que incluem manteiga, queijos e iogurte, utilizando-se tanto o leite bovino quanto o de búfala. Eles também tiveram a oportunidade de conversar com o empresário sobre os desafios e conquistas da indústria de laticínios no Amazonas e, por extensão, na região Norte.
Conforme o secretário titular da Sepa do Acre, Edivan Maciel, a visita foi muito importante para mostrar que as dificuldades do desenvolvimento agroambiental da Amazônia podem ser resolvidas com exemplos de produção da própria região.
“O estado do Acre tem dificuldades e problemas parecidos, mas juntos vamos buscar soluções para que o agronegócio da Amazônia fique cada vez mais fortalecido”, disse.
Para o titular da Seapa-RR, Emerson Carlos Baú, o último dia de intercâmbio foi significativo para demonstrar que políticas pontuais dos institutos de apoio e defesa conseguem gerar resultados significativos para os produtores.
“Vemos várias unidades saindo da informalidade e passando a ter um registro e uma vida própria, possibilitando aos produtores novos caminhos para escoar sua produção. Com certeza vamos analisar para podermos levar algo similar ao estado de Roraima”, concluiu ele.
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