Educação

EJA abraça estudantes de diferentes realidades sociais

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Presente em todo o Amazonas, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue com vagas abertas para o ano letivo de 2023. Ao todo, são 48 mil vagas na modalidade de ensino, em 65 escolas de Manaus e em 129 escolas nos 60 municípios do estado.

A modalidade de ensino, ofertada pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto, recebe jovens a partir de 15 anos para completar o Ensino Fundamental e a partir de 18 anos para completar o Ensino Médio. As matrículas poderão ser realizadas via site www.matriculas.am.gov.br.

A diversidade de público acolhido pela EJA é a principal característica da modalidade ofertada em 194 unidades de ensino do Estado. Pessoas com idade avançada, em relação ao tempo regular de formação, podem se matricular e concluir o Ensino Fundamental e Médio, por meio da EJA.

Jovens e adultos que desistiram da escola por diferentes motivos, sejam eles em situação de vulnerabilidade socioeconômica, idosos, pessoas analfabetas, ribeirinhos, trabalhadores, donas de casa, adultos inseridos no sistema carcerário, indígenas e quilombolas, podem ter acesso à modalidade de ensino. A EJA cria uma ponte de oportunidades, para quem precisa e gostaria de completar o ensino básico, bem como mudar de vida por meio da educação.

Nova EJA

Em 2021, a estrutura da EJA no Amazonas passou por reformulação. A partir de então, o ano letivo que durava 12 meses, agora, tem duração de um semestre (seis meses). Dessa forma o aluno consegue terminar o ensino fundamental, anos finais (6º, 7º 8º e 9º ano) em apenas dois anos. E o Ensino Médio, em três semestres (um ano e meio).

A diretora do Departamento de Programas e Projetos Educacionais (Deppe), Adriana Antonaccio, destaca que a Secretaria de Educação reformou a estrutura da EJA para atender àquelas pessoas que não estão na rede, mas que gostariam de concluir seus estudos, que almejam se inserir no mercado de trabalho visando novas oportunidades para sua vida.

“A mudança para a Nova EJA ocorreu com intuito de buscar, ainda mais, jovens e adultos que não finalizaram seus estudos; e atrair estes de volta ao ambiente escolar”, destacou a diretora Adriana.

O estudante Adriano Soares, de 24 anos, do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Professor Paulo Freire, localizado no Centro de Manaus, conta que abandonou a escola para trabalhar e sustentar o filho recém-nascido, mas que conseguiu retomar os estudos após 9 anos, por meio da EJA. No momento, Adriano está cursando a 7ª etapa da modalidade.

“Havia passado quase 10 anos sem estudar. Muitas pessoas falaram que eu não ia durar um mês na escola, mas graças ao Ceja Paulo Freire, aos professores, a gestora, que sempre conversaram comigo, me incentivaram, eu não vou desistir”, afirmou Adriano.

 

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