O ano de 2022 finalizou com uma importante conquista para Beatriz Constância, Ramon Duarte e Luiz Miguel. Em comum, os três trazem a vitória de concluírem o Ensino Médio, na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da rede estadual de Ensino do Amazonas. Com o diploma em mãos, os ex-alunos celebram o êxito.
Assim como os três alunos, em 2022, a Nova EJA atendeu mais de 49 mil amazonenses, promovendo a transformação na vida deles. Com as mudanças na modalidade, pessoas que se distanciaram da escola por diferentes razões, agora, conseguem concluir os Anos Finais do Ensino Fundamental em até dois anos e Ensino Médio em até um ano e meio.
Beatriz, Ramon e Luiz aproveitaram essa oportunidade. Os três são egressos do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Agenor Ferreira Lima, localizado na zona centro-sul de Manaus. Agora formado, Ramon Duarte, de 23 anos, conta que se afastou da escola por quatro anos, por questões de saúde. Enfrentando uma depressão, Ramon lutou contra o isolamento e a desmotivação, e a decisão de voltar à escola foi o primeiro passo para a recuperação dele.
“Foi uma experiência incrível, porque lá eu podia socializar, conversar com pessoas, fazer amigos, contar segredos, fazer trabalhos em equipe, fazer coisas que no meu dia-a-dia eu estava acostumado a não fazer. Eu conheci pessoas, a gente ria junto”, contou Ramon.
Feliz com a conclusão do Ensino Médio, Ramon ressaltou a importância da EJA na vida dele e na vida de quem deseja finalizar a educação básica.
“O ensino da EJA é maravilhoso para quem quer terminar e concluir seus estudos. Eu fico pensando: por que eu não fiz isso antes? Por que eu não procurei antes? E olha agora, hoje eu sinto falta da minha turma, mas felizmente eu concluí. Lá eu ganhei como melhor aluno da turma. Me esforçava mesmo pra conseguir as coisas”, completou o estudante.
Histórias
Beatriz Constância, de 22 anos, também formada pela Nova EJA no ano passado, esteve fora da sala de aula por seis anos. Ela parou os estudos ao descobrir que estava grávida, ainda quando cursava o Ensino Fundamental. Beatriz contou que não tinha amparo da família para cuidar do filho enquanto estudava.
“Vi que o Ceja já estava com o período de seis meses e a aula três vezes na semana. Achei ideal pra mim, porque eu tinha todos os horários. Me matriculei no período da manhã para concluir o 2° ano e o 3° do Ensino Médio. E isso me ajudou bastante porque eu estou à procura de emprego e por ter 22 anos, o que eles pedem primeiro é o certificado de conclusão dos estudos”, contou a ex-estudante.
Outro estudante contemplado pela Nova EJA foi Luiz Miguel Matos, de 22 anos, que ao terminar o Ensino Fundamental, seguiu para o serviço militar obrigatório.
“Passei três anos sem estudar e voltei a estudar para terminar meu Ensino Médio. Meu objetivo era conseguir um trabalho melhor, fazendo um esforço”, disse Miguel.
A EJA possui vagas disponíveis para a capital e 60 municípios do Amazonas. A matrícula pode ser realizada pelo site matriculas.am.gov.br ou na escola mais próxima, que ofereça a modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
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