Educação

Professora municipal recebe premiação nacional por projeto de inclusão

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O projeto “Pensamento Computacional”, desenvolvido pela professora da Prefeitura de Manaus, Michelle Nunes, no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Sofia Soeiro, localizado na zona Norte, ficou em terceiro lugar no prêmio “Paratodos de Inclusão Escolar 2019”. O movimento Paratodos tem o objetivo de promover a inclusão, por meio de reflexões, ações e mudanças, conscientes e consistentes, em toda sociedade.

“Em meio à pandemia do novo coronavírus, o reconhecimento nacional de um projeto desenvolvido pela educadora Sofia Soeiro chega como uma boa notícia. Muito nos orgulha e alegra essas práticas de valorização da educação inclusiva na rede municipal de ensino. Parabéns à professora Sofia pelo profissionalismo e dedicação”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

O projeto também está como boas práticas no portal da Fundação Lemann. Ele foi selecionado entre 10 práticas do Amazonas, e depois de classificado, foi disponibilizado para ficar no portal da Fundação para outros professores do Brasil acessarem.

O trabalho que a professora Michelle Nunes desenvolveu no Cmei foi adaptar o projeto Procurumin para o estudante João Davi, do 2º período da educação infantil, que usa cadeira de rodas por conta da osteogênese imperfeita, ou síndrome de ossos de vidro. De acordo com Michelle, a ideia não era incluir João, mas fazer a turma se incluir a ele.

“Todas as atividades do Procurumin foram adaptadas para ele, que era o jogador. Dele nasce o jogo ‘João e o pé de feijão na agricultura familiar’ que foi exposto na feira de ciências. As outras 20 crianças se adaptaram”, explicou.

A subsecretária de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Euzeni Araújo, parabenizou a professora, que, pela segunda vez, recebeu um prêmio nacional de reconhecimento. “Desta vez ela ficou em terceiro lugar com um projeto de pensamento computacional desenvolvido no Cmei Sofia Soeiro. Ela desenvolve um trabalho que muito dá orgulho aos educadores da Semed”, disse.

Em 2015, com o projeto “Mãos na roda: recreação inclusiva no espaço escolar da educação infantil”, Michelle garantiu o primeiro lugar da 9ª edição do prêmio “Professores do Brasil”, categoria Pré-Escola/Educação Infantil desbancando os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, que também concorriam ao prêmio. Na época, ela foi a única representante da região Norte e atuava no Cmei Caio Carlos Frota de Medeiros.

Para Michelle, o grande prêmio é a sensação de dever cumprido. “Significa que a minha prática alcança a inclusão com qualidade, correta. É sentir que o professor pode fazer muito além do que ele já faz, é se preocupar não só com o geral, mas com o individual de cada criança. Agora, quando o João for para outra série, já vai com mais autonomia. O professor tem que fazer o aluno ter alguma evolução”, acrescentou a professora.

A mãe do aluno, Shirlene de Oliveira, atesta a evolução do estudante em diversos âmbitos. “O trabalho que a professora fez com o João foi muito importante, ele evoluiu muito, ele está muito esperto. Ele era o menino propaganda da robótica, tudo era adaptado para ele. Antes ele não brincava com as outras crianças, não escrevia bem e com esse trabalho ele conseguiu aprender muito”, finalizou Shirlene.

 

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