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Trabalhos de iniciação científica apoiados pela Fapeam são premiados em evento

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Foto: ÉRICO XAVIER/FAPEAM

Seis pesquisas desenvolvidas por estudantes de iniciação científica, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), receberam certificado de menção honrosa durante evento de premiação da 16ª Reunião Anual de Iniciação Científica (Raic), na tarde desta quarta-feira (19/06), no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), no bairro Adrianópolis, zona centro-sul de Manaus.

Os trabalhos premiados são nas seguintes categorias: microbiologia, biotecnologia e prospecção, parasitologia, entomologia, saúde coletiva e epidemiologia e inovação tecnológica. O reconhecimento é pelos resultados obtidos nas pesquisas desenvolvidas durante a edição do Programa de Iniciação Científica (PIC) 2018/2019 na Fiocruz Amazônia.  Os trabalhos foram avaliados por consultores ad hoc, ou seja, especialistas que compõem bancas externas, que selecionaram os melhores projetos da edição.

No total, 27 projetos foram apresentados no período de 17 a 19 de junho, na Raic. Desse número, 22 contaram com apoio da Fapeam, por meio de bolsas, via o Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic). “Os estudantes conseguem visualizar o tanto que a pesquisa científica pode ser essencial para dar continuidade ou não, posteriormente, a uma pós-graduação”,  disse a coordenadora do PIC, Priscila Aquino.

O diretor da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz, destacou o trabalho desenvolvido pela Fapeam no apoio à formação de recursos humanos para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), em especial citou o Paic. “É um dos melhores programas que existe na área de formação de recursos humanos, porque você começa a fazer a cadeia de formação por meio dos alunos que ainda estão na graduação. Isso proporciona uma experiência  maravilhosa para os estudantes e também o início da carreira profissional. Por mais que o aluno não siga o caminho da pesquisa, tenho certeza que a vivência no programa é importante e impacta de alguma forma na vida deles”, disse.

Premiados – Os seis bolsistas premiados são: 1. Vitória Graziela Lopes Dutra – Perfil de virulência e resistência à antibióticos de amostras de Enterococcus sp. isolados de amostras clínicase ambientais da comunidade do Lago do Limão no município de Iranduba – AM; 2. Daniela Marinho da Silva – Protease fibrinolítica de Penicillium spp CFAM: otimização e caracterização bioquímica; 3. Thaís Pinto Nascimento – Detecção e identificação de filárias zoonóticas em Sauim de coleira; 4. Heliana Christy Matos Belchior – Identificação de espécies de mosquitos Culex (Melanoconion) Theobald, 1903 em uma área de Assentamento Rural Amazônico; 5. Luiz Antonio Perfeto Oliveira Silva – Controle de Aedes spp. com Estações Disseminadoras de Larvicida no Bairro da Glória, Manaus – AM; 6. Nailu Flor Chenini de Carvalho Reis – Análise de sobrevida e fatores associados ao óbito de doentes internados com tuberculose, Manaus, 2010 a 2018.

Um dos trabalhos premiados foi desenvolvido pela graduanda em Biologia, Heliana Belchior, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas do Amazonas (Ifam).  O estudo foi realizado no Assentamento Rural de Rio Pardo, no município de Presidente Figueiredo, distante a 160 km de Manaus, com objetivo de realizar um levantamento da fauna e identificar as espécies de Culex (Melanoconion) em diferentes ambientes. O material utilizado para o estudo são mosquitos oriundos de coletas realizadas em 2017 e 2018.

Segundo Heliana, existe uma variação bem grande dentro desse grupo e o processo de identificação da espécie é lento, podendo  ter ou não espécies novas no Amazonas, ou pode ser variação fenotípica. “Trabalhamos com complexo de espécies que são apontados como vetores de arbovírus, quando se chegar à espécie, conseguimos entender quem são esses indivíduos e se eles podem ou não ser vetores dessas doenças. Esse início é fundamental porque a partir dele é possível entender quem é o vetor, onde está, o que ele pode  transmitir e se isso pode causar algum dano para humanos. Já entra a parte da saúde pública. É um trabalho pequeno, mas que faz muita diferença mais a frente” contou.

Outro estudo premiado na Raic foi do  graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas, Luiz Antônio Perfeto, da Faculdade Estácio do Amazonas. “Fomos até o bairro e instalamos ovitrampas, (armadilhas que capta larvas e mosquitos) para ajudar no combate ao mosquito transmissor da zika, dengue, chikungunya. As Estações Disseminadoras de Larvicida são baldes plásticos, cobertos com pano preto impregnados de larvicida e que para funcionarem necessitam de certa quantidade de água para atrair os mosquitos. Quando os mosquitos pousam na estação partículas do larvicida são aderidas às pernas e corpos dos mosquitos, que acabam levando o produto para outros criadouros e, com isso, consegue matar suas larvas, por isso que é chamado de Larvicidas, porque age nas larvas, ocasionando o controle da circulação e multiplicação dos mosquitos”, explicou.

FONTE: FAPEAM

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